Nostalgia

‘Podes mudar e tentar ser uma pessoa melhor, mas o passado não poderá ser alterado…’

Não estava propriamente á espera que certas coisas voltassem e me tratassem com todo o carinho de outrora.
Não estava a espera de me tornar uma das ‘maiores’ como antes fora.
Não estava á espera de apostarem em mim como antes fizeram…
Do que eu estava mesmo á espera, ou melhor dizendo, ansiava, era haver mais conversação, maior convivência, maior afinidade e, principalmente, mais confiança.

Fico triste porque não há desabafos como antes.
Fico triste porque quando a tristeza surge eu não posso fazer nada, simplesmente porque não me é permitido. E, apesar de eu chorar também, nada posso fazer.
Fico imensamente triste quando vejo certas conversas em que o carinho existe e persiste de uma maneira que eu também gostaria de ter.
Mas, o que mais me entristece é o facto de eu ser o mais carinhosa e meiga possível e não me retribuírem de igual modo. Faz-me pensar que o amor/amizade que sentiam foi abafado por uma cortina de indiferença ou falta de confiança.
Custa-me tanto ver que até com pessoas novas a ternura parece maior. E dou por mim a pensar “Porquê? Eu que tanto chorei e sofri pela pessoa A. E agora ela trata melhor uma pessoa que conhece há um mês do que a mim que sempre tive lá…” . E no fim de todas as reflexões vem-me a pergunta principal: “VALEU A PENA??”. Sinceramente, não sei responder a essa pergunta…
Em relação a isto tudo, só concluí que não se pode dar importância a certas coisas que NÃO SÃO MINIMAMENTE IMPORTANTES PARA O ‘OUTRO’.

Mistérios? Sim, na vida existem. E isto é apenas mais um.
Quando o vou desvendar? Talvez nunca.
Se vou permanecer constrangida com isto, ou se pelo contrário, irei ficar indiferente? Também não sei.


Resta esperar que a nostalgia passe…